Cliente
A ANDE (Administração Nacional De Eletricidade) é uma instituição autárquica, descentralizada da Administração Pública, criada em 1948. Seu principal objetivo é satisfazer as necessidades de energia elétrica do Paraguai, com a finalidade de promover seu desenvolvimento econômico e fomentar o bem-estar da população, mediando o aproveitamento dos recursos naturais da Nação.
Desafio
O principal problema da ANDE era que não contava com a infraestrutura necessária para albergar os equipamentos críticos da empresa. Contava com uma sala sem isolamento térmico, sem nenhum tipo de monitoramento. O painel elétrico era obsoleto e tinha um crescimento desordenado.
Tudo isso ocasionava uma instabilidade que afetava a disponibilidade dos serviços. “Durante muito tempo, ficamos com os serviços detidos. Tudo ocasionado por problemas elétricos, umidade, diversas questões que nos obrigavam a suspender os serviços até solucioná-las. Precisávamos de uma solução real para todos esses problemas”, relata o engenheiro José Luis Duarte Granada, chefe da divisão de tecnologia e desenvolvimento informático da ANDE.
Solução
Após conhecer as necessidades da ANDE, o primeiro passo foi escolher o local com o estudo de solo. Logo implementou-se o aterramento segundo as recomendações descritas nos padrões TIA/EIA-607 e TIA-942 para Data Centers, com o fim de proteger os equipamentos, e fez-se a instalação da sala-cofre no prédio definido pela ANDE.
O lugar selecionado foi a matriz da ANDE, que fica na avenida Espanha, na cidade de Assunção, no Paraguai. A ideia era obter um ambiente de máxima segurança para o equipamento informático crítico, conformando assim um volume de selagem hermética contra gases e água, proteção refratária e barreiras contra a propagação de umidade e campos magnéticos, a fim de garantir a integridade dos ativos de TICs da ANDE.
Uma vez montada a sala-cofre, fez-se a colocação do piso técnico, além da instalação dos aparelhos de ar condicionado, racks, PDUs e SYS.
A seguir, aconteceu a implementação dos painéis e da infraestrutura elétrica, a instalação dos no-breaks (UPS) e dos aparelhos de ar condicionado de precisão. Ao mesmo tempo, iniciou-se a construção da plataforma de concreto armado para os condensadores de ar. Tais trabalhos foram realizados pelas empresas SIEMI, Parasur e Logicalis.
No mês de novembro de 2013, foram instalados os condensadores e o grupo gerador, a fim de garantir as operações do Data Center.
Paralelamente, iniciou-se a instalação do cabeamento de cobre Cat A6 e fibra ótica na sala-cofre. Além disso, foram instalados os racks e PDUs na sala de fornecedores e sala NOC, que funciona como centro de operações da rede. Ali ficam as operações de suporte e monitoramento do equipamento instalado no Data Center. Neste caso, a responsabilidade é das empresas SIEMI, Parasur e Logicalis.
Mais adiante, teve início a implementação do sistema de vídeo vigilância, o sistema de monitoramento ambiental, o sistema de detecção e extinção de incêndios e controle de acesso. As empresas encarregadas desta implementação foram a Preventec e a Logicalis.
Benefícios
Todos os problemas mencionados anteriormente desapareceram com a aquisição e implementação desta nova infraestrutura, que levou pouco mais de dois meses, e que tem como benefícios principais a segurança perimetral, física e lógica, que inclui todos os sistemas de monitoramento, tanto ambiental como vídeo vigilância, e controle de acesso aos locais.
A sala-cofre não somente proporciona segurança física, mas também ótimas condições ambientais para o funcionamento dos equipamentos, principalmente por ficar próxima de uma estação elétrica. O fato de ser uma Gaiola de Faraday faz com que todo o campo eletromagnético gerado nessa estação não afete os equipamentos críticos, que são extremamente sensíveis a qualquer perturbação eletromagnética.
“Outro benefício é a ordem do cabeamento estruturado, os painéis elétricos que dão serviço em formato de alta disponibilidade a todos os racks, todo o esquema de detecção e prevenção de incêndios, entre outros”, assegura Duarte.
“A administração do projeto foi uma grande experiência e me permitiu crescer profissionalmente. Como recomendação desde o ponto de vista de Project Manager, eu diria que projetos desta magnitude devem ser gerenciados por apenas uma unidade”, afirma a engenheira Gisel Sosa Armoa, gerente de projetos da ANDE.
Para a Logicalis, este é um marco relevante e de grande destaque, já que posiciona a empresa como ator importante no mercado de TI e Data Center.